sexta-feira, 20 de novembro de 2009

o silencio do poeta M.Detorre

Às vezes um poeta se cala. Às vezes tanta coisa acontece na vida dele, que ele não consegue mais enxergar as coisas com seus olhos de poesia, e não consegue mais escrever, aquele livro fica parado, aquelas poesias perdem a graça. Ele fica surdo para o barulho das nuvens se movendo no céu e fica cego para as cores que um abraço exala. Isso passa, claro que passa. Logo o poeta volta a entender o que os passarinhos dizem, logo ele volta a colher poesia nas flores, logo ele volta a compor depois da dor. Mas às vezes até a dor pede uma pausa para o poeta...M. Detorre

2 comentários:

Simplesmente Tininha disse...

O poeta é aquele que no silêncio da dor consegue extrair a beleza e o significado da vida. Cristo foi o grande poeta e a sua mais linda poesia foi escrita na cruz!
Deus te abençoe!
Tininha

Canteiro Pessoal disse...

Marcos. Todos os post's por aqui são valiosos e de grande metamorfose, mas não posso deixar desapercebido que este em particular fala muito ao meu íntimo. Pois é, há ritmo e a poesia pura, em sua essência na sua fala tão expressiva e tão brilhante. É uma injeção única o movimento que causa em nossa veia. "Instigante e envolvente. Fala da tênue e nos prende até a última frase". Lya Luft Portanto, as letras exprimidas neste em especial é derretimento aos meus olhos. O início que não cessa, cada vez incita a palavra procura. No silêncio há gesto e o criador por saber de cór o grito da nossa alma. Este que sabe cada traço do nosso rosto e do nosso olhar. Cada sombra e som da nossa voz. E cada silêncio e gesticular que fazemos em palco existencial. O capricho e os becos que nos escondemos, que seria: caverna. Ah, alma como tu és doente!

Abraços e paz

Priscila Cáliga