
Às vezes um poeta se cala. Às vezes tanta coisa acontece na vida dele, que ele não consegue mais enxergar as coisas com seus olhos de poesia, e não consegue mais escrever, aquele livro fica parado, aquelas poesias perdem a graça. Ele fica surdo para o barulho das nuvens se movendo no céu e fica cego para as cores que um abraço exala. Isso passa, claro que passa. Logo o poeta volta a entender o que os passarinhos dizem, logo ele volta a colher poesia nas flores, logo ele volta a compor depois da dor. Mas às vezes até a dor pede uma pausa para o poeta...
M. Detorre
2 comentários:
O poeta é aquele que no silêncio da dor consegue extrair a beleza e o significado da vida. Cristo foi o grande poeta e a sua mais linda poesia foi escrita na cruz!
Deus te abençoe!
Tininha
Marcos. Todos os post's por aqui são valiosos e de grande metamorfose, mas não posso deixar desapercebido que este em particular fala muito ao meu íntimo. Pois é, há ritmo e a poesia pura, em sua essência na sua fala tão expressiva e tão brilhante. É uma injeção única o movimento que causa em nossa veia. "Instigante e envolvente. Fala da tênue e nos prende até a última frase". Lya Luft Portanto, as letras exprimidas neste em especial é derretimento aos meus olhos. O início que não cessa, cada vez incita a palavra procura. No silêncio há gesto e o criador por saber de cór o grito da nossa alma. Este que sabe cada traço do nosso rosto e do nosso olhar. Cada sombra e som da nossa voz. E cada silêncio e gesticular que fazemos em palco existencial. O capricho e os becos que nos escondemos, que seria: caverna. Ah, alma como tu és doente!
Abraços e paz
Priscila Cáliga
Postar um comentário